Um, dois...feijão com arroz

Tempo nublado. Domingo, porque o calendário diz que esse é o dia. Sem qualquer diferença dos outros que o antecederam. Nós, dentro de casa, nos trabalhos necessários e nas distrações possíveis. Entre os necessários, a elaboração da comida. Que não pode ser complicada, para não atrapalhar as outras atividades, e nem pode ser cheia de ingredientes. Ou porque não os temos, ou porque temos que usar com parcimônia para que não acabem logo. Tem que ser substanciosa. Tem que nos dar energia. E, daí, que lembrei de lentilhas. Prato fácil, rápido. Gostoso. Pode acompanhar arroz, verduras ou legumes ou, ainda, uma carne. Você escolhe.                     Lentilhas 1 xícara de lentilhas 1/3 de xícara de cebolas picadas 2 dentes de alho espremidos 3 colheres (sopa) de óleo ou azeite Sal e pimenta do reino a gosto 1 folha de louro 1 litro de água quente No fogo médio levar uma panela com o óleo. Aquecer e colocar a cebola picada. Fritar mexendo, para que n

Deixa eu vir, bem depressa, escrever sobre meu almoço de hoje, antes que esqueça da receita. Gosto de inventar na cozinha. Para fazer determinado prato, leio algumas receitas e faço a minha, mudando aqui, ou ali, ou introduzindo algo. Na maioria das vezes, deixo de anotar como cheguei ao resultado e, quando quero repetir, já não lembro como fiz na primeira vez. Nesse tempos de isolamento, tenho facilitado na cozinha. Normalmente nossas refeições são completas, com entrada (quase sempre salada), prato principal e acompanhamentos. Arroz, às vezes feijão, um ou dois pratos com verduras ou legumes e uma carne. Tudo bem elaborado e demorado. A diferença é que tenho ajudante, e faço sozinha unicamente nos fins de semana. Agora, não dá. Ajudante em casa, para cumprir o isolamento, e eu tendo que me dividir pelas minhas diversas atividades e pela cozinha. Tem que ser arroz com feijão, carne e verdurinha, ou prato único que contenha proteínas, ou até um um cardápio com je

Pois é. O coronavírus, verdadeiro tsumani, chegou de repente, arrasando a rotina de, praticamente, todo mundo. Aqueles que passavam o dia fora de casa, almoçando em quilos ou restaurantes, aqueles que mantinham cozinheira em casa, que se reuniam com amigos para churrascos, que saíam com a família nos finais de semana, para almoços especiais, estão todos dentro de casa. A rotina desfez-se, mas os hábitos e necessidades se mantêm, e outra rotina tem que ser estabelecida. É preciso se alimentar. É preciso tomar café da manhã, almoçar e jantar. Sendo assim, na casa, alguém tem que se responsabilizar pela comida. Numa família maior, a responsabilidade pode ser dividida. Mas não há como fugir da cozinha. Será difícil ficar se alimentando de lanches, e será quase impossível ficar apelando para a comida entregue em casa.  Não se trata de solução para alguns dias, mas para um tempo que é impossível prever. E muitos dos que estão em isolamento social, jamais enfrentaram a c